Thursday, April 17, 2014

FULNI-Ô - OS INDIOS DO AGRESTE DE PERNAMBUCO!

Birgitte Tümmler

Com inspiração na ligação da terra e da natureza lanço o 
"Projeto Fulni-ô"! 

Quem melhor do que eles, os índios, para nos dar o exemplo de respeito e interação com o meio ambiente? 

Escolhi como tema meus amigos Fulni-ô, por seu empenho em manter a cultura apesar das influências brancas e em divulgar pelo Brasil afora, essas raízes.

Serão quadros de dimensões variadas e técnicas mistas mostrando a cor, o natural, o Brasil na sua origem... retratando-os diretamente ou utilizando itens da cultura como fonte de inspiração!!

O objetivo é, enaltecer a origem brasileira, sua beleza e sua profundidade espiritual associada à fauna e flora. 

Parte da renda obtida na venda dessas futuras obras será destinada aos Fulni-ô.


Fulni-ô Towê


   
com Towê

ELES...

"Os índios da tribo Fulni-ô, vivem no município de Aguas Belas (no agreste, a 273 km da capital - Recife), em Pernambuco numa aldeia de 11.500 hectares, localizada a 500 metros da sede da cidade. Sua população é de aproximadamente 4.600 índios.
Eram conhecidos, antigamente, como Carijó ou Carnijó, e não se conhece o tempo de sua existência.
A origem do nome Fulni-ô é muito antiga. Significa "Povo da beira do rio" e está relacionada com o rio Fulni-ô que corre ao longo da aldeia de Aguas Belas.
Os índios tem convívio diário com os não-índios, são todos bilíngues, se vestem como os brancos mas não perderam sua identidade. São os únicos indígenas do nordeste brasileiro que mantem viva a sua língua nativa a Yaathe (ou Yathê).
A língua Yaathe que significa "nossa boca, nossa fala, nossa língua" é oral, não possue cartilha. É aprendida pelos índios em casa com os familiares, no convívio doméstico.
Além da aldeia a comunidade possui na reserva um outro local de moradia, onde habitam durante três meses por ano por ocasião dos rituais do Ouricuri.
Fulni-ô


O Ouricuri é um retiro religioso secreto, realizado anualmente nos meses de setembro, outubro e novembro, onde não é permitida a entrada de não-índios (mesmo os que tem qualquer tipo de parentesco com os Fulni-ô), pois é um espaço sagrado para eles. Durante esse período os indígenas se mudam para a outra aldeia, também chamada Ouricuri, distante cerca de cinco quilômetros do local onde habitam, levando quase tudo que tem, até os bichos de criação.
O que ocorre no Ouricuri é um mistério. Nem mesmo as crianças revelam o que se passa no evento. Sabe-se que durante esse período os homens dormem em local reservado, o Juazeiro Sagrado, ao qual as mulheres não podem ter acesso. As rivalidades são esquecidas. As relações sexuais e a ingestão de bebidas alcóolicas são rigorosamente proibidas.
Até os anos trinta, as casas dos Fulni-ô eram construidas exclusivamente, com a palha do ouricuri (planta da familia das palmeiras). Hoje, a aldeia é composta por habitações individuais de taipa ou alvenaria, semelhantes as das populações pobres do Nordeste brasileiro.

Os índios vivem do artesanato da palha do ouricuri, comercializado nas feiras livres da região, da agricultura de subsistência e de alguma criação de bovinos e suínos. Ainda praticam a caça e a pesca, mas essas atividades estão quase em extinção, devido aos desmatamentos e à poluição dos rios da região.
Suas manifestações culturais incluem a dança e a música. As danças dos Fulni-ô são inspiradas em vários animais e aves, sendo o toré a mais tradicional. Existem também a cafurna, uma dança cultural resultante da influência de outros grupos e uma conhecida como coco de roda, dançada com estilo próprio e que tem origem  na cultura dos negros. As músicas das danças são cantadas em português e yaathe.
Usam como instrumentos musicais o maracá, o toré e a flauta. Tocam também instrumentos dos brancos como clarinete, pistom, trombone, violão, guitarra. Possuem até conjuntos e bandas formadas.
Os Fulni-ô utilizam para curar doenças muitas plantas que sobreviveram ao desmatamento. Possuem um Centro Fitoterápico de Reprodução de Mudas e Essências Medicinais, mantido com o apoio da Fundação Nacional da Saúde e da Unesco, onde são cultivadas várias plantas que servem como remédios populares distribuidos na aldeia.



Como ornamentos e decoração são produzidos machados de pedra, bordunas, arcos e flechas.

Para os Fulni-ô a origem do índio é a sua linguagem, por isso conseguiram mantê-la viva até hoje.








                                                   

                                                   






Grupo de Escoteiros do Ar Brigadeiro Eppinghaus e os Fulni-ô

Assista ao belo video de apresentação Fulni-ô "canto sagrado da Mãe Terra":



Para saber mais sobre os Fulni-ô:



Sinto uma grande felicidade com esse projeto e ansiosa em compartilhá-lo com você!


Lendas de Bonito no Mato Grosso do Sul

A pedido do querido amigo fotógrafo Hudson Garcia, que está em vias de lançar seu livro sobre a região de Bonito no Mato Grosso do Sul, es...